quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA


A trombose venosa profunda é um coágulo sanguíneo que se forma em uma veia profunda no corpo. A maioria dos coágulos em veia profunda ocorre na coxa ou perna, mas também podem acontecer em outras partes do corpo. O coágulo em uma veia profunda pode se quebrar e viajar através da corrente sanguínea. Quando o coágulo viaja até o pulmão e bloqueia o fluxo sanguíneo, essa condição é chamada embolia pulmonar, a qual é uma condição médica séria. A embolia pulmonar pode danificar os pulmões e outros órgãos do corpo e causar morte. Os coágulos sangüíneos nas coxas são os que têm maior probabilidade de quebrar e causar embolia pulmonar. Coágulos sanguíneos também podem se formar em veias perto da superfície da pele, porém estes não se quebram e causam embolia pulmonar.

Causas da trombose venosa profunda

O coágulo sanguíneo pode ser formar em veias profundas quando:
* Ocorre dano no revestimento interno da veia. Essa dano pode ser resultado de lesões causadas por fatores físicos, químicos ou biológicos. Tais fatores incluem cirurgia, lesão séria, inflamação ou resposta imunológica.
* O fluxo sanguíneo é lento. A falta de movimento pode causar fluxo sanguíneo lento. Isso pode ocorrer depois de cirurgia, se a pessoa está doente na cama por muito tempo ou realizou viagem muito longa.
* O sangue é espesso e tem maior probabilidade de coagular do que o normal. Certas condições hereditárias aumentam a tendência do sangue coagular. Isso também ocorre quando há tratamento com terapia de reposição hormonal ou uso de pílula anticoncepcional.

Quem tem maior risco de desenvolver trombose venosa profunda

Muitos fatores elevam o risco da pessoa desenvolver trombose venosa profunda, como:
* Histórico de trombose venosa profunda.
* Desordens ou fatores que fazem o sangue ficar mais espesso ou com maior probabilidade de coagular do que o normal. Certas desordens sanguíneas hereditárias, como o fator V de Leiden, tem influência sobre isso, assim como tratamento com reposição hormonal e uso de pílula anticoncepcional.
* Lesão em uma veia profunda devido a cirurgia, osso quebrado ou outro trauma.
* Fluxo sanguíneo lento na veia profunda devido à falta de movimento. Isso pode ser devido a cirurgia, se ficou doente de cama por muito tempo ou se realizou viagem longa.
* Durante a gravidez e nas três semanas depois do parto.
* Tratamento corrente ou recente contra câncer.
* Cateterismo venoso central. Um tubo é colocado na veia para permitir acesso à corrente sanguínea para tratamento médico.
* Ter mais de 60 anos de idade, apesar da trombose venosa profunda poder ocorrer em qualquer faixa etária.
* Está obeso ou com sobrepeso.

O risco de desenvolver trombose venosa profunda aumenta se a pessoa tiver mais de um dos fatores de risco relacionados acima.

Sintomas e sinais da trombose venosa profunda

Os sinais e sintomas da trombose venosa profunda pode estar relacionados à própria ou à embolia pulmonar. Caso a pessoa tenha sintomas de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar deve procurar ajuda médica imediatamente. Apenas em torno da metade das pessoas com trombose venosa profunda apresentam sintomas, os quais ocorrem na perna afetada e podem incluir:
* Inchaço na perna ou ao longo da veia na perna.
* Dor ou sensibilidade na perna, a qual pode ser sentida somente ao ficar de pé ou caminhar.
* Calor maior na área da perna que está inchada ou doendo.
* Pele avermelhada ou descolorada na perna.



Sintomas da embolia pulmonar:
* Falta de ar inexplicada.
* Dor ao respirar profundamente.
* Tossir sangue.

Tratamento para trombose venosa profunda

Os principais objetivos do tratamento para trombose venosa profunda são:
* Interromper o crescimento do coágulo sanguíneo.
* Prevenir o coágulo sanguíneo de quebrar e mover para os pulmões.
* Reduzir as chances de ter outro coágulo sanguíneo.

Anticoagulantes são os medicamentos mais comuns para tratamento de trombose venosa profunda. Eles diminuem a capacidade do sangue coagular e interrompem o crescimento dos coágulos já existentes. Entretanto, anticoagulantes podem quebrar os coágulos já formados. O tratamento para trombose venosa profunda.com anticoagulantes geralmente dura de 3 a 6 meses. O efeito colateral mais comum dos anticoagulantes é sangramento. Isso acontece se o medicamento afinar demais o sangue. Pessoas tratadas com anticoagulantes geralmente fazem teste de sangue regularmente para medir a capacidade de coagulação.

Outros medicamentos usados no tratamento da trombose venosa profunda são os inibidores de trombina, o quais interferem com o processo de coagulação sanguínea. Também podem ser usados trombolíticos no tratamento, os quais são medicamentos que dissolvem rapidamente o coágulo sanguíneo. Uma vez que os trombolíticos podem causar sangramento abrupto, eles são usados somente em situações específicas para tratar grandes coágulos que causam sintomas graves.

Outro tipo de tratamento para trombose venosa profunda é o filtro de veia cava. Ele é utilizado quando a pessoa não pode tomar anticoagulantes ou se estes não conseguiram impedir o desenvolvimento de coágulos. Um filtro é inserido dentro de uma grande veia chamada cava. Esse filtro captura o coágulo sanguíneo que quebra na veia antes dele mover para o pulmão. Isso previne a embolia pulmonar, porém não impede e a formação de novos coágulos.

Também podem ser usadas meias de compressão gradual para tratamento da trombose venosa profunda. Essas meias visam reduzir o inchaço que pode ocorrer depois de um coágulo se desenvolver na perna.

Tradução: copyright © 2008 por Helio Augusto Ferreira Fontes
Texto: National Heart, Lung, and Blood Institute

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CIRURGIA DO TORNOZELO



O Pinçamento Anterior do Tornozelo representa uma síndrome, onde um conjunto de causas provoca dor no tornozelo. Geralmente esta síndrome é causada por lesões antigas ou não adequadamente tratadas, tais como lesões de ligamentos geradas nas torsões.

Todo pinçamento se caracteriza por duas estruturas ou tecidos que se tocam de forma anormal durante o movimento. Estes tecidos podem ser pequenos ossos que se tornam proeminentes (osteófitos) ou tecidos moles (restos de ligamentos).

A primeira descrição desta síndrome foi relatada por Morris em jogadores de futebol que apresentavam dor localizada na região anterior (frente) do tornozelo. Atualmente tais lesões são encontradas na maioria dos esportes e podem causar limitações importantes.

Na parte da frente do tornozelo (região anterior da tíbia) há a formação de osteófitos, que são bicos ou proeminências ósseas. Da mesma forma, temos a formação de osteófitos no tálus, o primeiro osso abaixo da tíbia, e que se articula com ela nos movimentos de flexão e extensão do tornozelo.

Os sintomas incluem dor nos extremos do movimento, o que leva à limitação da amplitude. A dor é gerada quando movimentamos o tornozelo para cima, principalmente durante a corrida em subida, onde o pinçamento ocorre mais facilmente. Podemos notar nos casos mais antigos, irregularidades ósseas visíveis no tornozelo acompanhadas de instabilidade e inchaço crônico (aumento da produção do líquido articular).

As radiografias do tornozelo demonstram formação óssea anormal na parte da frente da tíbia e também no tálus. As radiografias realizadas com o tornozelo em extensão (movimento do tornozelo para cima) podem demonstrar o contato dos osteófitos da tíbia com o tálus.

O tratamento inicial é conservador e consiste na elevação do calcanhar com a utilização de calcanheiras para evitar o pinçamento, além do uso de antiinflamatórios sob prescrição médica e fisioterapia. A utilização de órteses e bandagens elásticas podem ser úteis, porém apenas restringem o movimento do tornozelo.

A cirurgia é o tratamento definitivo para a remoção dos bicos ósseos (osteófitos) e pode ser feita tanto por via aberta como através da artroscopia e está indicada quando o tratamento conservador não resolver.

Algumas lesões que provocam pinçamento no tornozelo envolvem partes moles e são chamadas lesões meniscóides. As lesões meniscóides são definidas como a transformação em fibrocartilagem de um ligamento previamente rompido após a torsão do tornozelo não tratada. Frequentemente estas lesões meniscóides ficam localizadas entre o tálus e o maléolo lateral (osso lateral do tornozelo), A remoção destas lesões através da cirurgia artroscópica propicia melhora significativa dos sintomas.

A reabilitação do tornozelo também é fundamental, objetivando-se ganhar movimento, fortalecimento e melhora da dor, com retorno às corridas o mais brevemente possível.

domingo, 3 de outubro de 2010

Atividade Física combate a Depressão





A atividade física costuma ser prescrita por médicos para auxiliar no tratamento de enfermidades como doenças do coração, colesterol elevado e até diabetes. Mas, um estudo americano acaba de expandir a lista de benefícios e mostra que os exercícios também são capazes de combater a depressão.

A pesquisa foi coordenada por um grupo de psiquiatras da Universidade da Carolina do Norte, que avaliaram pacientes clinicamente diagnosticados com a doença. Nesse grupo, havia os que praticavam exercícios aeróbios regularmente, os que usavam medicação antidepressiva e os que combinavam remédios e atividades físicas.

Constatou-se que o índice de depressão melhorou em cerca de 90% na turma que apenas praticou exercícios aeróbios. Já aqueles submetidos a medicamentos tiveram uma redução de 55% na incidência da doença, e o terceiro grupo (medicação e exercícios) teve uma melhora de 60%. Os especialistas salientam, então, que praticar atividades físicas até três vezes por semana é a maneira mais eficaz de manter a saúde mental em ordem.

Fonte: www.portaldaeducacaofisica.com.br

segunda-feira, 15 de março de 2010

LESÕES


Saiba como identificar e tratar a lesão na cartilagem do joelho, que é comum em praticantes de atividades físicas

Apesar de indesejáveis, as lesões são algo normal na vida dos atletas, e os joelhos costumam ser uma das partes do corpo que mais sofrem com a prática do esporte. Um dos problemas mais comuns nesta região é a condromalácia patelar (também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral ou “joelho de corredor”), que é um amolecimento da cartilagem articular.

“A palavra condromalácia significa amolecimento da cartilagem, porém, a condromalácia patelar não é apenas isso, mas também toda alteração que existe na cartilagem articular”, explica o Dr. Moisés Cohen, Professor Livre-Docente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

“Este amolecimento na cartilagem provoca síndromes de dor na parte anterior do joelho, e é uma lesão que costuma acometer mais as mulheres, pois elas possuem a bacia mais larga e há uma sobrecarga na articulação”, completa o Dr. José Marques Neto, ortopedista da Clínica Paulista de Esportes e da Clínica do Dr. Osmar de Oliveira.

As causas

A condromalácia patelar pode ser causada por traumas diretos, como um choque, ou por desvios esqueléticos que provocam o desgaste na cartilagem. “Peso excessivo, falta de fortalecimento muscular, músculos pouco alongados e repetições de exercícios com cargas altas também podem acarretar no problema”, alerta Marques.

Os principais sintomas desta lesão são dor na região anterior do joelho ao subir e descer escadas ou ladeiras, ao levantar de uma cadeira, agachar-se, praticar exercícios físicos ou até mesmo manter o joelho flexionado sem fazer qualquer movimento; crepitação e estalidos ao flexionar e estender o joelho; e edema e derrame articular ocasionado pelo excesso de líquido sinovial formado no processo inflamatório.

As soluções

Para tratar a condromalácia patelar, Cohen explica que primeiro é preciso corrigir as causas da lesão. “Se o problema foi provocado por mau alinhamento, primeiro temos que tratar isso, para depois cuidar da lesão focalizada”, diz o ortopedista. “Em alguns casos, é necessário fazer cirurgia. Hoje em dia, existem diferentes e modernos procedimentos cirúrgicos para o tratamento”, completa.

Para os casos que não são tão graves a ponto de precisar de cirurgia, são indicados alguns exercícios e orientações, para evitar que o problema aumente. “A pessoa precisa fazer exercícios de fortalecimento e alongamento muscular e treinamentos funcionais, para melhorar o equilíbrio e os movimentos”, afirma José Marques Neto. “Quem tem a lesão deve evitar fazer exercícios com movimentos repetitivos, ficar sentando e levantando o tempo todo ou agachar”, completa Moisés Cohen.

Por Cesar Candido dos Santos

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Sedentarismo prolongado eleva risco de problemas de saúdeFonte: Folha Onlinepublicidade
Hábitos ativos devem ser incorporados na rotina, dizem especialistas; efeitos do ócio em excesso não são revertidos com exercícios.

Passar boa parte do dia inativo aumenta o risco de morte e de problemas de saúde, ainda que o indivíduo pratique algum tipo de atividade física formal. O alerta vem de dois artigos publicados neste mês.

O primeiro deles, assinado por médicos do Instituto Karolinska (Suécia) e divulgado no "British Journal of Sports Medicine", sugere que ficar sentado por períodos prolongados é "verdadeiramente danoso ao organismo", independentemente da prática sistematizada de exercícios -na academia, por exemplo.

Eles afirmam que estudos recentes estabelecem que ficar sentado por longos períodos e a falta de atividade muscular são fatores de risco independentes para doenças.

"É cada vez mais fundamentado pelos estudos que é preciso incorporar mais atividade física no dia a dia. O conforto da vida moderna é o grande vilão, porque trocamos muitas das atividades que poderíamos fazer pelo apertar de um botão", afirma a fisioterapeuta Gerseli Angeli, diretora-científica do Cemafe (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte) da Universidade Federal de São Paulo.

É o que também mostra a pesquisa australiana publicada no periódico "Circulation", que analisou risco de mortalidade e tempo inativo. Após avaliarem 8.800 pessoas com mais de 25 anos durante seis anos, os pesquisadores constataram que cada hora passada em frente à TV aumenta em 11% o risco de morte por qualquer causa e em 18% o risco de morte por problemas cardiovasculares, mesmo após excluírem fatores de risco já conhecidos, como colesterol, tabagismo, gordura abdominal e prática moderada de exercícios.

No artigo, afirmam que "ainda que a ênfase para a prática de exercícios moderados ou intensos deva permanecer, os achados do estudo sugerem que reduzir o tempo em frente à TV ou de comportamento sedentário também ajuda a prevenir problemas cardiovasculares e morte prematura".

Os pesquisadores afirmam que é necessária uma investigação mais profunda para estabelecer os mecanismos que relacionam longos períodos de inatividade a uma saúde mais pobre. Uma das hipóteses é a ação de uma enzima que tem papel fundamental na regulação dos níveis de gordura no sangue -e que ficaria alterada nos longos períodos sedentários, podendo levar a mudanças metabólicas, como colesterol alto.

Por causa dessas respostas fisiológicas, dizem os cientistas, as mudanças no organismo após o excesso de ócio não são anuladas com o aumento de exercício físico. Por isso, é aconselhável não passar longos períodos inativo.

Gasto calórico

Segundo o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, o gasto energético semanal acima de 2.000 calorias em atividades também é associado, em trabalhos científicos, a uma menor mortalidade geral.

"Isso equivale a 32 km percorridos a pé. Na academia, há uma chance razoável de chegar a isso, mas incorporar hábitos ativos no dia a dia eleva a probabilidade de alcançar a meta."

Um outro trabalho, diz Lazzoli, já mostrou que subir mais de 55 lances de escada por semana reduz a mortalidade em 23%. "Alguns cânceres têm ligação com gasto energético, como o de mama", acrescenta.

Por esse motivo, é indicado tornar a rotina mais ativa, preferindo a escada ao elevador e fazendo caminhadas curtas.
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